segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

ATÉ QUANDO VAMOS PERMITIR ISTO???


Lei Contra o Candomblé é Aprovada em Piracicaba

E-mailImprimir

Câmara Municipal de Piraciba/SP, por unanimidade, com o apoio dos vereadores dos seguintes partidos: PT, PDT, PP, PPS, PTB,PR,  PMDB, PRB, PSDB, aprovou em 7/10, o PL 202/2010 do vereador Laércio Trevisan (PR).


Comentários em Piracicaba, informam que o referido PL. é parte de um MOVIMENTO chamado "ALIANÇA PARA A SUPREMACIA CRISTÃ", que tem por objetivo levar este projeto a outras cidades do Estado de São Paulo, depois, independente de quem seja eleito, encaminhar para a Câmara dos Deputados, através de deputados federais dos partidos envolvidos. Estes deputados, no momento, são mantidos no anonimato.


O  O referido pela agurda sanção ou veto do Sr. Prefeito Municipal Barjas Negri, por favor mandem e-mail, telefonen para o prefeito/
secretário de governo e  demais autoridades solicitando o veto ao PL. tendo em vista que o referido PL. entre outras coisas, atenta contra a liberdade religiosa e fomenta o racismo.


- PREFEITO  BARJAS NEGRI - Fone: (19) 3403-1040 E-mail: bnegri@piracicaba.sp.gov.br
- VICE-PREFEITO SÉRGIO DIAS PACHECO -  Fone: (19) 3403-1080 viceprefeito@piracicaba.sp. gov.br /spacheco@piracicaba.sp.gov.br
- CHEFE DE GABINETE   ISAURA F. B. MAZZUTTI /  Fone: (19) 3403-1050/imazzutti@piracicaba.sp.gov.br
- SECRETÁRIO MUNICIPAL DE GOVERNO  JOSÉ ANTONIO DE GODOY /  Fone: (19) 3403-1055 jagodoy@piracicaba.sp.gov.br




1- Integra do PL. 202/2010;
2- E depois, Nomes, fones, e-mails do vereadores de piracicaba:


1- Íntegra do PL. 202/2010: PROJETO DE LEI Nº 202/10 - Proíbe o uso e o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos no Município de Piracicaba e dá outras providências.
Art. 1º Fica proibido o sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos no Município de Piracicaba.


Art. 2º O descumprimento do disposto na presente Lei ensejará ao infrator, a multa de R$ 2.000,00 (dois mil reais) dobrado a cada
reincidência.


Parágrafo único A multa a que se refere o caput deste artigo será reajustada, anualmente, com base no índice do INPC – IBGE , adotada pelo Poder Executivo através de Lei.


Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.


Justificativa


Primeiramente cabe ressaltar que independente de credo religioso e o respeito aos costumes de crença, ou seja, barbáreis como sacrifício de animais em rituais religiosos são inconcebíveis, e contraria a nossa Lei maior a qual é a garantia de vida e bons tratos para com os animais .


Precisamos sim, que as pessoas de bem, que gostam de animais, defenda–os, em principal em leis municipais, estaduais e federal
através de seus legisladores.


Por outro lado, compete aos municípios de acordo com a - Constituição Federal – Art. 30 – I – Legislar sobre assuntos de interesse local.


Também cabe ressaltar que, o município pode legislar em assuntos de seu próprio interesse local de acordo com C.F Art. 30 – I e respaldado na lei orgânica do município de Piracicaba – Artigo 25 XXII .


Isto posto, felizmente a consciência de que a proteção aos animais também é uma obrigação do município.
Inobstante em Piracicaba através da Lei n.º 6647/09 já proíbe a instalação de circos que contenha animais, sendo um grande avanço em defesa dos animais.


Somos sabedores que há pessoas que realizam o sacrifício de animais em cultos religiosos, e isso é inaceitável, e deve ser observada com atenção por parte não só desta Casa Legislativa, mas também por todos os municípios .


Assim pelo alcance do Art. 225 d 1º, VII da C.F para a proteção dos animais, o interesse humano social, apresento este Projeto de Lei .


No ensejo, que o mesmo seja aprovado por unanimidade pelos pares, e que caminhemos em direção do bem, da proteção dos animais e os clamores da população e das ONGs de proteção com os animais.


Sala de Reuniões, 21 de junho de 2010.
(a) Laércio Trevisan Júnior



Leia materia completa: Lei Contra o Candomblé é Aprovada em Piracicaba - Portal Geledés 

Mutakalambo

Mutakalambo 

Entre os Tshokwé, o primeiro caçador mitológico de todos os tempos éKawa ka Tschimbundu, considerado um Hamba poderoso prescrito pelo "Tahi" (Adivinho) na maioria das vezes em que há necessidade de harmonizar o caçador.
Mutá é um Hamba encontrado entre os Tschokwé, no qual aparece como uma divindade dos caçadores terrestres. Sua representatividade é um cão, aquele capaz de farejar a caça, companheiro inseparável dos caçadores e que também recebe Itumbu (Filtros mágicos) para adentrar as matas.
Mutá aparece sempre, nos cultos, acompanhado de Sambongo (figura masculina) e Nambongo (feminina) que têm como primeira função tornar a caça benéfica, protegendo os caçadores que reside nas florestas. Acompanha também Mutá o Hamba Samukishi(O senhor das máscaras), aquele que recebe a primeira Menga do animal abatido e que somente depois será ofertado a Mutá. Portanto, dentro de um Tshipanga (Cercado onde se encontram os Hamba), Mutá nunca se apresenta só.
Nas regiões de Luanda, Mutakalombo, aparece como uma divindade dos animais aquáticos e sob as suas ordens encontram-se: Kaiongo (sua esposa) que também está ligada aos animais terrestres, Samba Zundo que ocupa também o lugar de esposa de Mutakalombo.
Segundo Oscar Ribas:
Mutakalombo - espírito que superintende na esfera dos animais aquáticos. Entidade espiritual da fauna aquática.
Foi cônego, saiu de Portugal, andou por muitas localidades e morreu velho, razão por que assim é invocado nos seus cânticos. Finou-se num montículo de Salalé, num Musseque das imediações de Luanda.
É único com esse nome, passando a adaptar nas atuações seu cão é o jacaré, de que se serve para punir uma falta grave. Em várias pesquisas Mutakalombo aparece como divindade aquática, que utiliza seu jacaré (Ou crocodilo) para arrebatar mulheres na beira d’água com a finalidade de servi-lo. Aquelas que conseguem sobreviver e retornam, recebem o poder de Mutakalombo para sacerdote.
Junto com Mutá, encontramos Mutanjinji, divindade feminina que superintende a esfera dos animais terrestres, é a “Entidade da Fauna Terrestre”.
Encontramos também Kabila que serve a Mutanjinji e tem ligação com Mutakalombo, sua função é a de Pastor. Quando um caçador não consegue abater uma peça de caça, e, por intermédio de um Xinguilador (Feiticeiro-Nganga), suplica a Kabila sua intervenção, este lhe proporciona alguns animais que furta ao amo, difícil de aceder a tais pedidos.
Após a caçada, o caçador, como testemunha de verdade, apresenta ao Xinguilador as caudas dos animais abatidos. Na sua presença, ajoelha-se bate palmas de reverência e, tomada à bênção, informa-o do número de cabeças mortas.
Regressando ao mato, esquarteja todas as peças e torna a voltar á casa do Nganga com a carga. Então, cozinham as miudezas e, com a referida iguaria, brinda os Calundus(Divindades justiceiras e mendicantes), que se manifestam no Xinguilador em estado de possessão.
Durante a partilha, o caçador permanece de joelhos. Em caso de ingratidão para com a divindade, isto é, se não lhe participar o resultado da caçada, jamais tornará a abater uma só peça. É a punição.
A palavra Kabila vem de Kubila, que significa "Pastorear".
Vale a pena ressaltar que a classe mais alta entre os Bantu é a do caçador, em seguida vem a dos Ferreiros, e que vários são os ídolos de caça, mas aqui citamos apenas os conhecidos dentro do culto Angola/Kongo no Brasil.

MAKEZU(OBI) _ O FRUTO SAGRADO NA CULTURA BANTU



Makezu, também conhecido como makazu, mukezu, riquezu, lukezu. Como SIMBOLO SOCIAL a noz de cola faz parte de todas as atividades da vida diária e ela está associada a quase todos os eventos sociais. Para uma festa ou cerimônia para ser recompensado, as nozes de cola têm de ser oferecido aos convidados, em grandes números, se possível. Cerimônias, como compromissos, casamentos, nascimentos, que dá nome ao recém-nascido, batismo, a resolução de conflitos, a reconciliação, visitas aos idosos, funerais, o terceiro ou o quarto dia de luto ... tudo implica um imperativo o uso de noz de cola .. Isto mostra que a noz cola-se agora como um símbolo da hospitalidade, da amizade, a partilha, a compreensão mútua, respeito, solidariedade e sociabilidade. A expressão 'quebrar a cola' significa, 'partilha e amizade'. No Camarões, após receber água potável, ao visitante é oferecido uma noz de cola em sinal de boas-vindas. Se um homem de Cabinda (como também na Guiné e no Senegal) pede para casar com uma rapariga, que num primeiro momento, a fim de desvendar a sua intenção, envia uma certa quantidade de cola nozes à família da menina, a resposta é devolvido a ele da mesma forma: Para uma resposta positiva uma noz branca é devolvido, para uma resposta negativa a noz é o vermelha. Neste caso, a noz é utilizada principalmente como uma linguagem, como uma forma simbólica de comunicação entre dois grupos. Nas próximas fases seguintes, até ao casamento, maiores quantidades de frutas estão a ser oferecidos. Um hóspede se sentirá ofendido se o responsável pelo convite à casa não oferece um número importante de nozes de cola durante o evento. Em terras banto, ninguém vai visitar uma pessoa respeitada sem levar uma noz de cola. O primeiro contato entre o recém-nascido e o seu meio ambiente é estabelecida através da noz de cola, como esta é distribuída para os convidados, enquanto o nome da criança é anunciado. recusando-se a oferecer ou receber uma noz de cola é um sinal de rancor ou de conflito, tal aplica-se a toda a gente, ignorando a sua idade, sexo ou religião.
Dentre as inúmeras utilizações dos frutos nas configurações sociais, incluem o nascimento, cerimônias em que uma árvore de cola é plantada para o recém-nascido, que continuará a ser o seu proprietário ao longo da vida, morte e ritos em que é plantada uma árvore na cabeça da sepultura de um defunto chefe. As guerras foram declaradas e evitada pelo ritual apresentação e troca de noz de cola, insultos ou elogios trocados por variar a cor da casca rija oferecidos, uma vez que eles vêm na cor avermelhada e branca variedades, com o branco a ser a mais desejável. Uma audiência perante uma figura importante da entidade pode envolver a oferta de alta qualidade de noz de cola para mostrar respeito e, em muitas áreas, é uma obrigação social de oferecer a qualquer convidado a noz, com receio de ser dado um insulto. Muitas vezes a partilha da nozes de cola é uma condição prévia necessária para negócios envolvendo estrita etiqueta na apresentação, dividindo, e comendo a fruta.
O Mbuza no Congo (RDC) não iria sem uma noz de cola a um enterro ou cerimônia de luto de uma pessoa que era acostumado a consumir a noz cola freqüentemente quando estava viva. Esta é considerada a melhor maneira de se comunicar com a pessoa e para mostrar elevado respeito a essa pessoa. É profundamente mantida a dimensão 'partilha e convívio' da cola ...Mas é uma partilha dentro de uma camada restrita da sociedade, entre homens adultos, que teria o hábito de sessão em conjunto em torno de uma 'jarra'. Nessas ocasiões, a noz é cercada por uma espécie de mistério e de sua distribuição 'entre amigos' é ritualizado: uma noz está escondido sob o sua mão, ele gerencia imperceptivelmente para quebrar um pedaço que seja imediatamente posto em sua boca e mastigado, então, fazendo como se apertando as mãos do seu vizinho, ele passa a parte restante da noz para os próximos para servir-se às escondidas ... 'Proibido para aqueles que não são iniciados' parece ser a mensagem deste jogo 'sob à mesa 'dignas de um comportamento de casta. Na verdade, é o 'afrodisíaco', que é privilegiado neste aspecto, assim como o seu aspecto secreto.
Para a maioria dos povos banto, adivinhações rituais são uma parte essencial da vida diária. Um indivíduo lança peças de uma kola e pergunta ao oráculo na parte da manhã, a fim de determinar o que fazer para tornar o seu caminho com sucesso por meio do dia, uma família faz uma consulta para saber se a morte está rondando ou de conhecer a vontade dos antepassados para a resolução de conflitos no seio do lar; um rei pede ao conhecimento do seu adivinho a fazer a sua posição de autoridade segura. adivinhos são também os agentes de memória, os conservantes da história de um povo, ou, em tempos de crise, os criadores de um 'passado' ou uma 'visão'. Uma pessoa do estatuto muitas vezes é determinada por aquilo que é revelada em rituais de adivinhação da noz de cola, no momento do nascimento, provenientes da idade, do casamento, a investidura sacerdotal ou escritório real, a morte, e outros eventos críticos.
A noz de cola também aparece em práticas fetichista e animistica de adoração. Como um objeto religioso que cumpre uma função essencial neste contexto como um mediador entre o fetichista e seu paciente, entre simbolização e linguagem, os vivos e os espíritos.. É utilizado para adubar o totem antepassado, para se proteger contra o mal influências, para atrair boa sorte e sucesso. Entre a arte ritual dos Nkanu e Mbeko, o mais famoso e provavelmente também o mais original Nkisi é o Nkisi Mpungo, esses povos acreditam que sua força pode realizar todos os seus desejos e depois de confeccionada a escultura e ativar o poder da força dentro do objeto com uma semente de noz de cola, é preciso cinco folhas de capim dandá, uma noz de cola e vinho de palma, os capins são colocadas em volta do objeto e a mistura da noz mascada com o vinho de palma é borrifado sobre o capim e o objeto em sí.
Assim, como herança desses povos, nos reportamos as terras brasilis em especial para os candomblés angola/kongo que a utiliza (Tal qual os Bantos, usando os dedos e nunca objetos cortantes para parti-los) em todas as ocasiões benfazejas. No processo divinatório, para confirmações de oferendas. A noz de cola combinada com outras plantas, raízes e favas psicoativas como dandá, noz moscada, etc. reduzidas a pó, é usado em rituais de cura, no fechamento de corpo e na feitura de santo por meio de cortes agindo como cicatrizante. Nos sacramentos denominados massangá, ritual de batismo de água doce (menha) na cabeça (Mutuê) do iniciado (Ndumbi) usa-se a noz de cola (kezu), no Nkudiá mutuê, ritual de colocação de forças (Ngunzu, Muki) a santa semente está presente. Resta-nos (já que estamos em processo de resgate da cultura), como simbolo social, símbolo da hospitalidade, da amizade, a partilha, a compreensão mútua, respeito, solidariedade e sociabilidade, passarmos a ofececer essas nozes e utilizar a expressão 'quebrar a cola' que significa, 'partilhar amizade»

Texto traduzido e adaptado por Jito Mungongo
Postado por Hunso Sueli de Vodun Abe às 19:25
Marcadores: ELEMENTOS SAGRADOS

Diário Oficial / Mameto Xagui recebe a Medalha Zumbi dos Palmares